Coronel Francisco Araújo, comandante geral da PM
(Foto: Ricardo Araújo/G1)
(Foto: Ricardo Araújo/G1)
Operação Hecatombe foi
deflagrada nesta terça (6) pela Polícia Federal. Segundo comandante, PM abrirá processo administrativo contra policiais.
Foto: Divulgação da PF.
Policiais militares presos pela Polícia Federal entre a
madrugada e a manhã desta terça-feira (6) na Grande Natal devem ser expulsos da
corporação, caso os crimes de que são suspeitos sejam comprovados. A informação
foi confirmada pelo comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Canindé e Araújo Silva.
“Serão abertos processos administrativos contra eles para que isso seja
apurado”, afirmou.
A operação foi denominada 'Hecatombe', em referência ao
sacrifício coletivo de muitas vítimas, foi deflagrada na madrugada desta terça.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, 21 mandados de prisão, 32 de busca e
apreensão e nove de condução coercitiva - quando a pessoa é levada para prestar
depoimento – foram cumpridos. O comandante afirmou que a Polícia Militar não
sabe quem são os presos.
A PM deverá solicitar documentos para abrir o processo
administrativo. “Nós vamos solicitar cópias da representação do delegado e
cópias dos mandados. Em posse desses documentos, os processos administrativos
serão instaurados”, revelou Francisco Araújo.
Os policiais que tiverem menos de dez anos sofrerão um
processo administrativo o disciplinar. Os que tiverem mais de uma década na
corporação passarão pelo Conselho de Disciplina. “Na PM eles responderão
administrativamente. Seus atos serão julgados pela Justiça”, concluiu.
A Polícia Federal realizou uma operação nas primeiras
horas da manhã desta terça-feira (6) com o objetivo de desarticular um grupo de
extermínio composto por policiais militares e civis suspeitos de crimes de
homicídio na Grande Natal.
A operação abrange os municipios de São Gonçalo do Amarante, Parnamirim e Cerro Corá. Ao todo, participaram da ação 215 policiais
federais, sendo que 30 deles são do Comando de Operações Táticas Especializado
em Operações de Alto Risco, de Brasília.
Segundo a Polícia Federal, as investigações encontraram
provas do envolvimento do grupo de extermínio em 22 homicídios consumados e em
outras cinco tentativas de assassinato.
Ainda de acordo com a polícia, os motivos das execuções
eram os mais variados e iam desde crimes encomendados, disputas pelo controle
de pontos de venda de drogas, brigas, discussões e até mesmo a queima de
arquivo com a eliminação das testemunhas dos crimes.
Alguns dos investigados possuem antecedentes por homicídio.
Um dos suspeitos já foi preso em posse de diversas armas de fogo, supostamente
utilizadas nos assassinatos.
Todos os presos devem responder por crimes de homicídio
qualificado praticado por grupos de extermínio e constituição de grupo de
extermínio. As penas máximas dos crimes cometidos pelos principais integrantes
do grupo podem chegar a 395 anos de prisão.
A operação contou com o apoio da Coordenação de
Inteligência da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social do RN.
Igor Jácome/G1/RN.
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