As Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado, com atuação nos municípios de Mossoró e Natal, deflagraram, simultaneamente, na manhã desta quinta-feira (28/09) a operação Cash, objetivando desarticular esquema de lavagem de dinheiro responsável pelo financiamento das atividades de Organização Criminosa que atua fora e dentro dos presídios do Estado.
Foram expedidos pelo Poder Judiciário do Rio Grande do Norte ordem de bloqueio de quatorze (14) contas correntes de pessoas físicas e jurídica, onze (11) mandados de buscas e oito (08) mandados de prisões. Os mandados judiciais estão sendo cumpridos por cerca de 110 policiais integrantes das forças de segurança da União e do Estado.
A ação é produto de cooperação interagências, com a participação da Polícia Federal; Polícia Civil, através da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Divisão Especializada de Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR), Delegacia Especializada de Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (DEPROV), Divisão de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DECCOR-LD) e Divisão de Polícia do Oeste (DIVIPOE); Centro Integrado de Operações Aéreas do Rio Grande do Norte (CIOPAER); e Polícia Penal Federal, resultando na prisão de sete (07) indivíduos suspeitos de serem líderes da ORCRIM
Durante o cumprimento dos mandados judicias foi realizada a apreensão de R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais) no imóvel de um dos presos que é apontado como uma das principais lideranças a facção criminosa investigada.
Os trabalhos estão inseridos no contexto da Operação PAZ do Ministério da Justiça que objetiva diminuir a prática de crimes violentos letais intencionais no Estado do RN, através de atuação integrada e coordenada das forças policiais do Sistema de Segurança Pública do Estado.
A INVESTIGAÇÃO
O trabalho realizado pelas FICCO’s indicou a existência de um esquema de lavagem e arrecadação de dinheiro, consistindo na cobrança e arrecadação de mensalidades e pagamento de “franquia” por pontos de vendas de entorpecentes para a Facção, em contrapartida, a ORCRIM permitia o exercício de atividades ilícitas (principalmente tráfico de drogas) e dava proteção aos seus membros.
Durante o período de investigação o grupo criminoso chegou a movimentar, aproximadamente, a quantia de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais), tendo sido identificados e presos os principais operadores do esquema, os quais tiveram suas contas bloqueadas judicialmente.
A investigação poderá resultar no indiciamento de treze (13) pessoas pela prática dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico.
FICCO’s
As Forças
Integradas de Combate ao Crime Organizado compõem a estrutura da Polícia
Federal e são formadas pela Polícia Federal (PF), Secretaria Nacional de
Políticas Penais (SENAPPEN), Polícia Civil (PC/RN), Polícia Militar (PM/RN),
Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP/RN) e pelo Instituto
Técnico-Científico de Perícia (ITEP/RN).
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