Desdobramento
da Lava Jato investiga sobrepreço de R$ 77 milhões na construção da Arena das
Dunas, no RN; Cunha também é alvo.
(Foto:
Adriano Machado/Reuters e Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil)
O ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves foi preso na
manhã desta terça-feira (6) em um desdobramento da Operação Lava Jato. O
ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba, é alvo de um novo
mandado de prisão preventiva. Ambos são do PMDB e foram presidentes da Câmara
dos Deputados.
O
advogado Marcelo Leal, que defende Henrique Alves, disse ao G1 que
tomou conhecimento da prisão pela imprensa. "Até o momento, não sei de
nada sobre o que levou a PF a prender Henrique. Vou tomar pé da situação e
depois me pronuncio", falou por telefone.
Batizada de Manus, a operação investiga
corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção da Arena das
Dunas, em Natal. Segundo a PF, o sobrepreço chega a R$ 77 milhões.
(Foto:
Marksuel Figueredo/Inter TV Cabugi )
São
cumpridos 33 mandados, sendo cinco mandados de prisão preventiva (sem prazo),
seis de condução coercitiva (quando alguém é levado a depor) e 22 de busca e
apreensão no Rio Grande do Norte e no Paraná.
A investigação se baseia em provas da Lava
Jato, que apontam o pagamento de propina a Cunha e Alves em troca de
favorecimento a duas grandes construtoras envolvidas na construção do estádio.
Segundo a PF, foram identificados
pagamentos de propina por meio de doações oficiais entre 2012 e 2014 . Além
disso, um dos investigados usou valores supostamente doados para a campanha de
2014 em benefício pessoal.
Os investigados responderão pelos crimes
de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.
O nome da operação é referência ao
provérbio latino “Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat”, que significa uma
mão lava a outra.
Em Mossoró, na região Oeste do estado, o
publicitário Arturo Arruda, um dos sócios da agência Art&C, também foi alvo
de mandado de condução coercitiva e ele foi levado para prestar depoimento.
(Foto: Adriano
Machado/Reuters e Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil)
Informes
do Portal G1/RN.
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